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Doenças venosas mais frequentes

Mensagem da SBACV-RJ
Prezado(a) leitor(a),
A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular-Regional Rio de Janeiro – SBACV-RJ, é a sociedade médica que reúne médicos especialistas em angiologia e cirurgia vascular. Ao longo de sua história, a SBACV-RJ tem realizado um importante trabalho de conscientização da população, sobre os problemas vasculares e as medidas que podem ser tomadas para evitá-las.
O folheto que você lê agora busca esclarecer dúvidas e explicar pontos importantes sobre doenças venosas mais frequentes. Nosso objetivo é que, ao conhecer um pouco mais sobre suas veias, você seja estimulado a se cuidar mais e a procurar assistência médica se perceber o aparecimento de algum sintoma indicativo de problema vascular.
Boa leitura!
As veias drenam o sangue com impurezas da periferia (membros superiores, membros inferiores, cabeça e tronco) antes que seja levado de volta ao coração e aos pulmões, onde será oxigenado e levado de volta à circulação, a partir do coração, até as áreas periféricas. Órgãos abdominais também participam da “limpeza” de parte do sangue, antes que ele seja levado ao pulmão.
Dentro das veias existem válvulas. Válvulas são estruturas que regulam, em condições normais, o fluxo do sangue na direção correta, impedindo seu refluxo.
Embora as veias sejam muito delicadas, elas possuem grande capacidade de dilatação e “armazenamento” de sangue.
Qualquer modificação que ocorra durante o trajeto do sangue pelo corpo humano, seja por doença ou uso “inadequado”, leva ao mau funcionamento dos vasos, podendo ocasionar o aparecimento de doenças como as varizes e as tromboses.
O sangue, para circular pelas veias, depende em parte da “bomba cardíaca”, principalmente dos movimentos da musculatura dos pés (esponja plantar) e das pernas (“bomba” da panturrilha).
Os movimentos respiratórios também participam, funcionando como uma verdadeira “bomba de sucção”, que facilita o retorno do sangue ao coração e aos pulmões.
Varizes
As varizes nos membros inferiores são veias anormais e permanentemente dilatadas e tortuosas, que podem levar a alterações em certos componentes do sangue, em seu fluxo de retorno. Surgem devido à predisposição genética, que compromete a estrutura das paredes dessas veias, ou de suas válvulas (varizes primárias). Podem ocorrer também devido a outros problemas, como tromboses, traumatismos, angiosplasias, por exemplo (varizes secundárias).
Sinais e sintomas
Os sintomas mais comuns são a sensação de peso e cansaço nas pernas, especialmente ao final do dia, principalmente para indivíduos que trabalham por muitas horas de pé. Outros sintomas e sinais como queimação, ardência, inchaço e manchas escuras nas pernas também podem estar associados às varizes.
Prevenção
Não existe uma forma segura de se evitar o problema varicoso, uma vez que ele está baseado em predisposição genética. Entretanto, o uso de calçados e roupas adequadas, o controle do peso corporal, o uso de meias elásticas, evitar permanecer de pé por períodos prolongados, repouso e exercícios físicos regulares, aliados a uma alimentação equilibrada, podem atenuar ou adiar o desenvolvimento de varizes ou evitar a piora dos sintomas, mas isoladamente, a importância de cada um é menor do que em conjunto.
A indicação e o tipo de tratamento mais adequado, para cada caso, depende de avaliação médica especializada. Sem tratamento, pode haver piora progressiva da doença, com aparecimento de edema (inchação), hiperpigmentações (manchas) e até de úlceras (feridas).
Flebites e tromboses venosas
São decorrentes da coagulação do sangue no interior das veias e suas consequentes inflamações. Podem acometer as veias superficiais, normalmente com evolução mais favorável, ou as veias mais profundas (trombose venosa profunda). A trombose venosa profunda é mais grave, e requer tratamento mais intenso.
A tromboflebite pode ocorrer quando está presente pelo menos um dos três seguintes fatores:
1- alterações nos componentes do sangue (problemas genéticos, medicamentos, desidratação e doenças diversas);
2- alterações no fluxo do sangue (varizes, compressões externas, ficar acamado por tempo muito prolongado, problemas cardíacos);
3- alterações ou irregularidades nas paredes dos vasos (trauma, esmagamento, lesão por injeção de medicamentos).
O risco de trombose pode ser agravado pelo uso de hormônios (terapia de reposição hormonal, anticoncepcionais), posições viciosas (permanecer por muito tempo ou sentado como em viagens aéreas e terrestres). Alguns procedimentos cirúrgicos ou doenças que exijam longos períodos no leito, também podem ser um fator agravante.
O diagnóstico nem sempre é fácil e algumas vezes acabam sendo feito quando aparecem as complicações. Entretanto, o tratamento imediato e correto, em geral, tem um prognóstico bastante favorável. Para aumentar sua proteção contra a trombose, faça uma avaliação periodicamente com seu angiologista ou cirurgião vascular.
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A saúde vascular da gestante

Mensagem da SBACV-RJ
Durante a gravidez, a quantidade de sangue circulante aumenta e, portanto, aumenta o trabalho das veias. Aumenta também a quantidade de progesterona, hormônio que dilata as veias. O útero também cresce e vai comprimindo as veias do abdômen e da região pélvica da mulher, colocando assim um obstáculo para a subida do sangue das pernas para o coração. O controle do peso, os exercícios físicos leves, não ficar muito tempo de pé, elevar ligeiramente as pernas quando estiver sentada e o uso de meias elásticas, podem prevenir o surgimento de varizes.
Levar às mulheres em idade fértil – em especial às gestantes – informações sobre como prevenir varizes durante a gravidez é uma ação social importante. Por isso a saúde vascular na gravidez foi escolhida como tema para a V Semana Estadual de Saúde Vascular, na qual a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular tradicionalmente leva à população esclarecimentos importantes sobre cuidados com a circulação sanguinea.
O folheto que você lê agora busca esclarecer dúvidas e explicar pontos importantes sobre os problemas circulatórios que podem acometer a mulher durante a gestação. Nosso objetivo é que, ao conhecer um pouco mais sobre o que acontece com seu sistema circulatório, a grávida seja estimada a se cuidar mais e a procurar assistência médica se perceber o aparecimento de algum sintoma indicativo de problema vascular.
Ajude-nos, repassando este folheto às grávidas que você conheça.
Boa leitura!
A CIRCULAÇÃO DURANTE A GESTAÇÃO
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por diversas transformações, dentre elas: aumento dos hormônios e do volume de sangue que circula pelo corpo.
Além disso, para acomodar o bebê, o útero cresce de acordo com o desenvolvimento do feto. Com o tempo, o crescimento do útero exerce pressão nas veias da região pélvica (parte do corpo que fica entre a barriga e as pernas) e na veia cava inferior (responsável por transportar sangue venoso proveniente do abdômen e dos membros inferiores para o coração).
A compressão torna-se um obstáculo para as veias e dificulta a chegada do sangue venoso de volta ao coração. Assim, a pressão venosa nas pernas aumenta e, consequentemente, faz as veias ficarem mais dilatadas. Em função disso, as pernas acabam acumulado excesso de água. Todos esses fatores associados podem dar origem às varizes.
Varizes
As veias possuem válvulas no seu interior que fazem o sangue fluir para uma única direção, o coração. Por isso quando uma pessoa está em pé, o sangue não volta para os pés.
As varizes surgem em veias que perderam a elasticidade, por isso, tornam-se dilatadas e tortuosas. Por algum motivo, não possuem mais válvulas e faz o sangue sofrer refluxo. Desta forma, as varizes são mais comuns nos membros inferiores.
FATORES DE RISCO
O aparecimento de varizes pode estar ligado a diversos fatores: idade, sexo, antecedente familiar, obesidade, traumatismo nas pernas, exposição ao calor por tempo prolongado, tabagismo, fator ocupacional (longos períodos sentada ou em pé), sedentarismo, pílulas anticoncepcionais, desequilíbrio hormonal e gravidez.
Na gestação
No período de gestação é muito comum aumentar ou aparecer vasinhos avermelhados, algumas vezes azulados, em forma de teia de aranha. Essas varizes podem ser classificadas de duas maneiras:
– Varizes na gestação: são varizes que já existiam antes da gravidez e que aumentaram, em volume e em quantidade, durante a gestação.
– Varizes da gestação: são varizes que não existiam e surgiram em função das alterações provocadas pela gravidez.
Período de desenvolvimento
Em geral, as varizes surgem ou aumentam após o primeiro trimestre de gravidez. No entanto, algumas desaparecem entre três e quatro meses depois do parto, principalmente se forem varizes da gestação.
Sintomas
Os sintomas podem ser caracterizados por dor, sensação de peso e cansaço nas pernas, queimação, inchaço, cãibra, coceira e formigamento.
Prevenção
Algumas medidas podem contribuir para evitar ou minimizar o aparecimento de varizes durante a gravidez, como praticar atividades físicas (hidroginástica, caminhada e natação leve); não permanecer muito tempo em pé ou sentada; colocar as pernas para o alto quando estiver sentada; usar meias elásticas; manter a alimentação balanceada para não ganhar muito peso; e massagens feitas por especialistas em gestantes.
Uso de meias
As meias elásticas não eliminam as varizes, mas ajudam a preveni-las.
É importante o uso das meias elásticas durante a gravidez, desde o seu inicio. O modelo das meias, a compressão e a maneira de calçá-las devem ser indicados por um angiologista ou cirurgião vascular. Por isso, peça ao seu obstetra para lhe indicar um profissional.
Tratamento
O melhor método de tratamento vai de tratamento vai depender do tipo e da quantidade de varizes. De qualquer forma, o tratamento cirúrgico só pode ser feito após o parto. Por isso, é tão importante ser avaliada por um angiologista ou cirurgião vascular.
Angiologista e Cirurgia Vascular
Muitas pessoas, por falta de conhecimento, acreditam que a atuação do angiologista e do cirurgião vascular está restrita ao tratamento de varizes. No entanto, diversas moléstias atingem o sistema vascular, encarregado de distribuir o sangue pelo o corpo humano. O angiologista e o cirurgião vascular são os médicos especialistas que atuam com objetivo de manter a integridade de artérias, veias e vasos linfáticos, prevenindo e tratando as doenças vasculares.
Entre os problemas mais comuns no sistema circulatório, temos, além das varizes, as erisipelas e as linfangites, a arteriosclerose, o aneurisma arterial, a trombose venosa, a vasculite e o trauma vascular (causado por acidentes variados, ou mesmo por asmas). Em qualquer um desses casos, ou ainda na dúvida sobre alguma patologia que envolva a circulação do sangue consulte um angiologista ou cirurgião vascular.
SOBRE A SBACV-RJ
A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional Rio de Janeiro – SBACV-RJ, é a sociedade médica que reúne médicos especialistas em angiologia e cirurgia vascular. Ao longo de sua história, a SBACV-RJ tem realizado um importante trabalho de conscientização da população, sobre os problemas vasculares e as medidas que podem ser tomadas para evitá-las.
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Saúde Vascular do Homem

“Quem se cuida, não perde o melhor da vida.
No final de 2009, o Ministério da Saúde lançou um programa para estimular os homens a cuidar melhor de sua saúde, e com isso, adoecer menos e viver melhor.
A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro – SBACV-RJ aplaude a iniciativa do Ministério da Saúde, e adere ao programa, adotando a Saúde Vascular do Homem como tema de sua VI Semana Estadual de Saúde Vascular.
Neste folder você conhecerá as principais medidas preventivas que pode adotar para garantir sua saúde vascular. Homem que se cuida, não perde o melhor da vida.
Prevenir é melhor, sempre
A prevenção pode ser feita com check-up periódico para controle dos fatores de riscos vasculares, como sobrepeso, obesidade, diabetes, colesterol e hipertensão arterial.
Mas não basta apenas ir ao médico periodicamente: se não houver mudança de hábitos, de nada vai adiantar fazer visitas regulares ao médico. Por isso, deixe de lado o sedentarismo: faça pelo menos 30 minutos de caminhada por dia, e alimente-se de forma saudável, para controlar o sobrepeso.
Tem homem que se orgulha de nunca ter ido ao médico.
As mulheres aprendem desde cedo a cuidar de sua saúde e da saúde das pessoas que amam. Os homens não são criados com esse hábito, e por isso só procuram um serviço de saúde quando sua capacidade de realizar atividades do dia-a-dia, ou de trabalhar, está comprometida. Com isso perdem a oportunidade de prevenir problemas de saúde e de obter o diagnóstico de alguma doença enquanto ela ainda está em fase inicial.
Pesquisas do Ministério da Saúde mostram o resultado da desatenção: homens têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, taxas de colesterol e pressão mais elevada que as mulheres.
Prevenção e acompanhamento médico
Muitas doenças graves podem ser evitadas com a mudança de hábitos de vida e a visita regular ao médico. Isso é verdade para problemas que afetam todo o corpo, inclusive o sistema vascular.
Em nosso corpo acontecem simultaneamente três tipos de circulação: a arterial, que leva o sangue do coração ao resto do corpo; a venosa, que é responsável pela drenagem do sangue das extremidades do corpo para o coração; e a linfática, cuja função é absorver detritos que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo.
Principais problemas vasculares que afetam os homens
Todos nós, independente de sexo ou idade, podemos sofrer por doenças ou problemas vasculares. Entretanto, alguns problemas são mais comuns aos homens, em função não só das diferenças entre o organismo masculino e feminino, como também pelas questões relacionadas aos hábitos de vida e cuidados com a saúde.
Varizes:
Muitas pessoas ainda acreditam que só as mulheres têm varizes. É certo que as mulheres, em função de variações hormonais, são mais propensas a sofrer em função da dilatação das veias, mas os homens também são muito atingidos por este mal: para cada quatro mulheres com varizes, os especialistas estimam que haja um homem sofrendo com o mesmo problema.
A causa principal é o fator hereditário, mas o excesso de peso, a vida sedentária e trabalhar muito tempo em pé também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
• Os sintomas mais comuns das varizes são: inchaço nas pernas, cansaço, ardência, formigamento e dores.
• Entre os homens, as varizes são mais comuns nos pés.
Erisipelas e Linfagites:
A erisipela é um processo infeccioso da pele, causado por uma bactéria que agride os vasos linfáticos. Vermelhidão, inchaço e sensação de calor na perna, calafrios, febre alta e mal-estar são indícios do problema. Algumas vezes, a perna apresenta bolhas e rachaduras, que segregam um líquido, a linfa, que circula nos vasos linfáticos. Em geral, a bactéria entra no organismo através de uma micose ou de pequenos ferimentos na pele.
A linfagite um processo inflamatório dos vasos linfáticos. Pode ser causado por bactéria, micose, vírus, fungo ou parasitas, que se instalam em ferimentos da pele. Os sintomas mais comuns são a presença de estrias avermelhadas e quentes na perna, que se estendem até a virilha (seguindo o trajeto dos vasos linfáticos), dor local, íngua, febre e inchaço. Erisipelas e linfagites devem ser tratadas rapidamente, para evitar complicações graves.
Para evitar erisipelas e linfagites é necessário combater as micoses, manter bastante cuidado com a higiene dos pés e não deixar pequenos machucados nas pernas e pés sem tratamento.
Arteriosclerose:
A arteriosclerose é uma doença inflamatória, na qual ocorre a formação de placas de gordura e cálcio e outros elementos, conhecidas como ateromas, nas paredes de grandes artérias, como as coronárias, as carótidas e as artérias das pernas. Essas placas reduzem progressivamente o diâmetro das artérias. Cerca de 10% da população é atingida pelo problema, que só chega a apresentar os primeiros sintomas isquêmicos (sintomas derivados da falta de irrigação de sangue) quando as placas já obstruíram cerca de 75% do calibre da artéria.
Estudos epidemiológicos mostraram que a arteriosclerose incide com maior frequência e intensidade em homens, na faixa etária entre 50 e 70 anos com altos índices de gordura no sangue, fumantes, hipertensos, de vida sedentária ou com casos da doença na família.
Arteriosclerose dos membros inferiores
O paciente com Arteriosclerose dos membros inferiores sente, como um dos primeiros sintomas da doença, cãibra, paralisia, aperto ou cansaço de certos músculos durante exercícios físicos ou caminhadas. Este mal-estar, conhecido como claudicação intermitente, melhora quando a atividade física é interrompida. Com a evolução da doença, os sintomas se apresentam com menores esforços, e requerem maior tempo de recuperação. A dor nas pernas em repouso, que é uma queixa de alguns pacientes, é resultado de isquemia (falta de circulação) grave. É mais comum à noite. Pessoas com circulação diminuída nas pernas apresentam alguns sinais físicos, como: O paciente com Arteriosclerose dos membros inferiores sente, como um dos primeiros sintomas da doença, cãibra, paralisia, aperto ou cansaço de certos músculos durante exercícios físicos ou caminhadas. Este mal-estar, conhecido como claudicação intermitente, melhora quando a atividade física é interrompida. Com a evolução da doença, os sintomas se apresentam com menores esforços, e requerem maior tempo de recuperação. A dor nas pernas em repouso, que é uma queixa de alguns pacientes, é resultado de isquemia (falta de circulação) grave. É mais comum à noite. Pessoas com circulação diminuída nas pernas apresentam alguns sinais físicos, como:
• Cor da pele alterada quando em repouso (palidez);
• Pele seca e descamativa, com surgimento de feridas (úlceras isquêmicas), em estágios mais avançados;
• Queda de pelos, unhas espessadas e irregulares, de crescimento lento;
• Edema ou inchaço (principalmente quando o paciente fica com a perna pendente);
• Alterações da temperatura das pernas;
• Ausência ou diminuição dos pulsos nas pernas.
A arteriosclerose se instala precocemente em pessoas diabéticas que não fazem o controle adequado de sua glicemia (açúcar). Pessoas diabéticas também podem sofrer com outras complicações, como a neuropatia (redução ou perda da sensibilidade nos pés, a arteriopatia (doença que geralmente atinge as artérias abaixo do joelho) e a infecção.
Doença Cerebrovascular Extracraneana “Derrame Cerebral”
Quando o cérebro não é suficientemente irrigado pelo sangue, pode ocorrer a doença cerebrovascular extracraneana. As causas do chamado “derrame cerebral” podem ser divididas em dois grupos:
• Embolização: quando chegam ao cérebro fragmentos de trombos ou de placas ateroscleróticas;
• Redução do fluxo sanguíneo.
A arteriosclerose é a mais importante e mais frequente causa da isquemia cerebral porque leva a um estreitamento lento e progressivo da artéria carótida. Os sintomas mais relatados pelos pacientes são:
• Adormecimento ou formigamento;
• Diminuição ou ausência de sensibilidade;
• Paralisia ou fraqueza nos braços e pernas;
• Cegueira em um dos olhos.
Trombose Venosa Profunda
A Trombose Venosa Profunda, ou TVP, é causada pela coagulação do sangue no interior das veias. São condições predisponentes para o surgimento da doença em homens o tabagismo, a presença de varizes, insuficiência cardáca, tumores malignos, obesidade ou a história prévia de trombose venosa.
Vasculit
caracterizada por inflamação ou necrose das paredes de vasos sanguíneos. As vasculites podem ser causadas por agentes infecciosos (como bactérias e vírus), alguns medicamentos, e ainda pelo consumo de drogas.
Apresenta sintomas variados como febre, perda do apetite, fadiga, mal-estar, suores
noturnos, hipotensão, dores fortes nas articulações ou nos músculos, lesão na pele e úlcera cutânea, entre outras.
Aneurisma Arterial
É a dilatação anormal e permanente de uma parte das artérias, causada pelo enfraquecimento ou anomalia das paredes de uma artéria. Uma vez enfraquecida, a artéria cede à pressão do sangue, e se dilata. Essa dilatação aumenta cada vez mais, podendo chegar ao rompimento da artéria.
Os aneurismas podem ocorrer em diferentes partes do corpo. O Aneurisma da Aorta Abdominal é o mais preocupante, por ser muito frequente e não apresentar sintomas. Por isso recomenda-se o check up periódico após os quarenta anos de idade e nos casos de predisposição à doença (histórico familiar, arteriosclerose, obesidade, sedentarismo, fumo, estresse, hipertensão arterial, diabetes e altas taxas de gordura no sangue), detectadas por meio do lipidograma (um tipo de exame de sangue).
Problemas vasculares e atividades profissionais
Atletas como remadores, halterofilistas e fisiculturistas têm maior predisposição para ocorrência de varizes, pois nesses exercícios exige-se grande aumento da pressão intra-abdominal.
Os profissionais que permanecem muito tempo de pé, também podem sofrer com problemas vasculares.
Trauma vascular
O trauma vascular é a destruição dos vasos sanguíneos que nutrem importantes áreas do organismo. Pode ser causado por acidente automobilístico, arma de fogo ou arma branca.
DIRETORIA 2010 / 2011:
Presidente
Manuel Julio Cota Janeiro
Primeiro Vice-Presidente
Carlos Eduardo Virgini
Secretário Geral
Sergio Silveira Leal de Meirelles
Primeiro Secretário
Maria de Lourdes Seibel
Tesoureiro Geral
Ruy Luiz Pinto Ribeiro
Primeiro Tesoureiro
Felipe Francescutti Murad
Diretor Científico
Rossi Murilo da Silva
Vice-Diretor Científico
Joé Gonçalves Sestello
Diretor de Eventos
Julio Cesar Peclat de Oliveira
Vice-Diretor de Eventos
Cristina Ribeiro Riguetti Pinto
Diretor de Publicações
Luiz Alexandre Essinger
Vice-Diretor de Publicações
Raimundo Luiz Senra Barros
Diretor de Defesa Profissional
Rubens Giambroni Filho
Vice-Diretor de Defesa Profissional
Bernardo Massiéri
Diretor de Patrimônio
Marcio Arruda Portilho
Vice-Diretor de Patrimônio
Breno Caiafa
Diretor de Informática
Julio Diniz Amorim
Vice-Diretor de Informática
Francisco G. Martins
Presidente da Gestão Anterior
Ivanésio Merlo
SECCIONAIS
Coordenação: Gina Mancini de Almeida
Norte – Claudio Eduardo Carvalho Santos
Noroeste 1 – Eugenio Carlos de Almeida Tinoco
Noroeste 2 – Sebastião José Baptista Miguel
Serrana 1 – Eduardo Loureiro de Araújo
Serrana 2 – Celio Feres Monte Alto Junior
Médio Paraíba 1 – Luiz Carlos Soares Golçalves
Médio Paraíba 2 – Fernando Antonio Vidinha Fontes
Baixada Litorânea – Antonio Feliciano Neto
Baia de Ilha Grande – Sergio Almeida Nunes
Metropolitana 1 – Luiz Henrique Coelho
Metropolitana 2 – Simone Loureiro
Metropolitana 3 – Rafael Lima da Silva
Metropolitana 4 – José Nazareno de Azevedo
Metropolitana 5 – Alexandre Cesar Jahn
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Arteriosclerose

Você sabe o que é arteriosclerose?
A arteriosclerose é uma doença crônica caracterizada pela formação de ateromas (placas, compostas especialmente de lipídeos e tecido fibroso), que se acumulam dentro dos vasos sanguíneos.
Em que a arteriosclerose altera minha vida?
Para entender o que isso significa de fato, é só pensar em um cano no qual vão se acumulando resíduos, de tal forma que o fluxo da água fica reduzido ou mesmo impedido. Os órgãos mais afetados e as consequências da obstrução são:
– As artérias que irrigam o cérebro (carótidas) – acidente vascular cerebral (derrame).
– As artérias coronárias, que irrigam o coração (coronárias) – dor no peito ou infarto.
– As artérias que irrigam as pernas (femoral, poplítea e tibial) – dor ao caminhar, claudicação intermitente e gangrena.
– A obstrução das artérias que irrigam os rins também pode causar sérias
complicações como insuficiência renal e levar, inclusive, à morte.
Faça visitas anuais ao angiologista, independente da existência de sintomas.
O que pode fazer você suspeitar que tem arteriosclerose?
Como a arteriosclerose pode prejudicar a circulação do sangue para diferentes órgãos, os sintomas variam em função da região afetada e, normalmente, só aparecem quando os vasos sanguíneos estão prestes a ficar completamente obstruídos. Os mais comuns são:
– Dilatações de algumas áreas dos vasos sanguíneos;
– Dor no peito, tipo facada;
– Dores fortes na cabeça;
– Dores em braços e pernas;
– Hipertensão;
– Perda de consciência por um pequeno período;
– Dores no corpo e cansaço.
Como saber se você tem risco de desenvolver arteriosclerose
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da arteriosclerose representam também risco para o surgimento de outras doenças. Os fatores são:
– Hipertensão (pressão alta);
– Falta de atividade física e obesidade;
– Diabetes Mellitus;
– Hiperlipidemia (colesterol alto);
– Tabagismo;
– Álcool.
Estudos mostram que a hipertensão e o diabetes aumentam em pelo menos duas vezes o risco de arteriosclerose. Quando as duas doenças ocorrem concomitantemente, o risco sobe mais de oito vezes.
Em pessoas que possuem diabetes, hipertensão e hiperlipidemia, esse risco sobe mais de 20 vezes.
Você pode se prevenir!
O início da formação das placas de gordura no interior dos vasos sanguíneos ocorre na infância e vai progredindo durante a vida. Qualquer pessoa pode desenvolver essa doença, mas com hábitos saudáveis você pode diminuir o risco:
– Mantenha seu peso sob controle;
– Pratique atividades físicas regularmente;
– Adote uma dieta rica com baixo teor de gorduras e colesterol;
– Mantenha sua glicose sob controle;
– Caso fume, abandone o cigarro.
Saiba como é o tratamento da arteriosclerose
O tratamento consiste na dilatação ou retirada das placas de gordura que estão presas nas paredes das artérias. Isso pode ser conseguido através de cirurgia (ponte de safena), angioplastia ou por meio de tratamento medicamentoso e atividade física.
Tudo que é vivo, circula…
Na natureza percebemos claramente a existência de ciclos, que se sucedem e repetem nos dias e nas noites, na chuva que cai, correndo em direção aos rios e depois evaporando para cair sob a forma de chuva, novamente.
No corpo humano, isso não é diferente: o sangue nutre todos os nossos órgãos, leva as impurezas e volta a cada célula de nosso corpo com nutrientes.
Se o sistema circulatório for comprometido, todo o funcionamento de nosso corpo fica prejudicado, pois nossos órgãos não receberão os nutrientes dos quais dependem. Por isso, cuidar de nossos vasos sanguíneos é tão importante.
Para cuidar deste ciclo, é preciso conhecer e contar com a atenção de médicos especialistas: os angiologistas e os cirurgiões vasculares.
Este folheto traz informações muito importantes sobre um problema que acomete os vasos sanguíneos, e que é capaz de causar problemas nos principais órgãos de nosso corpo: a arteriosclerose.
Diabetes
O diabetes, apesar de ser uma doença muito conhecida, nem sempre é facilmente notada pelo seu portador. É caracterizada pela falta absoluta ou relativa de insulina e pode atingir pessoas de todas as idades.
Diabetes Tipo I: caracterizada pela falta de insulina, sendo necessária sua aplicação. É diagnosticada geralmente na juventude, porém é crônica, ou seja, o paciente terá que manter tratamento pelo resto da vida.
Diabetes Tipo II: presente em indivíduos de idade avançada. Nesse caso a insulina produzida pelo corpo não funciona de forma adequada.
As complicações do diabetes de longa duração acometem vários órgãos como os olhos, o coração, os rins e as extremidades, além de produzir neuropatia (inicialmente diminuição parcial e com o tempo total, da sensibilidade protetora da dor, calor, pressão e vibração). Uma das complicações mais frequentes é o pé diabético. Fique atento!
PÉ DIABÉTICO
O Pé diabético é caracterizado por 3 alterações: Neuropatia, Arteriopatia e Infecção. Mas o que são estas alterações?
Neuropatia – são principalmente as alterações na sensibilidade dos pés e ocorrem quando as taxas de glicose permanecem altas durante muito tempo.
Com o tempo os pacientes com neuropatia passam a sentir formigamento, queimação, dormência e vão perdendo gradativamente a sensibilidade dos pés chegando a ficar com as extremidades anestesiadas (sem sensibilidade). Também podem aparecer deformidades nos dedos e calosidades na sola dos pés e nos dedos.
O grande risco da falta de sensibilidade dos pés é que qualquer lesão como pisar na guimba de um cigarro aceso, ou uma bolha por um sapato apertado não é percebida pelo paciente que pode desenvolver grandes feridas por infecção destas lesões. É o que os médicos chamam de perda da sensibilidade protetora – com a neuropatia perdemos a sensação de dor, de calor e do próprio tato na sola dos pés.
A melhor forma de controlar a neuropatia é manter a glicemia estritamente controlada. Mesmo pessoas que já tem neuropatia podem melhorar dos sintomas se voltarem a controlar o açúcar no sangue com a dieta e a medicação prescrita pelo médico.
Arteriopatia – o diabetes ao longo do tempo vai causando endurecimento e obstrução das artérias. Artérias são os vasos que levam sangue até todos os órgãos e tecidos do nosso corpo como os músculos dos braços e pernas. Esta obstrução é mais importante nas artérias abaixo do joelho e dependendo do tamanho da artéria chamamos de microangiopatia (vasos muito pequenos) ou macroangiopatia (vasos maiores). O entupimento das artérias da perna interrompe o fluxo de sangue para os estes músculos e o indivíduo passa sentir fraqueza e dor quando caminha.
Infecção – com os problemas de neuropatia e arteriopatia dos pés (dos pacientes) diabéticos, qualquer machucado, qualquer arranhão ou bolha pode infectar. A infecção piora rapidamente qualquer lesão nos pés que aumenta em tamanho e profundidade se estendendo para os tendões e os ossos dos pés. Estas feridas podem ficar abertas e inflamadas e ter difícil cicatrização ou podem evoluir rapidamente para gangrena e levar a amputação se não for tratada adequadamente e rapidamente. Segundo o Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado: são 55 mil amputações anuais.
Sintomas – A pessoa com pé diabético tem sintomas como: formigamentos, perda da sensibilidade local, dores, queimação nos pés e nas pernas, sensação de agulhadas, dormência, além de fraqueza nas pernas. Tais sintomas podem piorar à noite, ao deitar. Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido à extensão da ferida.
É importante observar o aparecimento dos sintomas da neuropatia (insensibilidade e deformações nos pés), presença de calosidades, alterações nas unhas, redução da circulação com diminuição ou ausência dos pulsos arteriais distais e esfriamento do pé.
Como evitar o pé diabético!
- Lave os pés todos os dias com sabão neutro e água morna. Cuidado com a temperatura da água, pois sem perceber pela falta de sensibilidade você pode queimar a pele. Enxugue bem entre os dedos para evitar fungos.• Examine diariamente seus pés. Cuidado com bolhas, rachaduras e ressecamentos. Se não conseguir enxergar, use um espelho ou peça ajuda. Avise seu médico sobre o aparecimento de qualquer alteração nos pés.• Peça seu médico que examine seus pés em todas as consultas. Tire sempre as meias e sapatos para facilitar o exame.• Evite colocar os pés de molho. Eles poderão rachar ou ressecar.
• Use sempre calçados fechados em qualquer época do ano, pois protegem melhor seus pés. Os calçados devem ser confortáveis para evitar bolhas e calos.
• Apare as unhas com lixa, sempre me linha reta e evite cortá-las.
• Nunca ande descalço, mesmo dentro de casa.
• Verifique sempre se não há nada dentro das meias e sapatos antes de calçá-los.
• Não use almofadas elétricas ou bolsas de água quente nos pés.
• Dê preferência as meias de algodão, elas ajudam a manter seus pés secos e aquecidos.
• Use diariamente uma loção hidratante nos pés, especialmente nas áreas mais ressecadas. Retire o excesso e não use creme entre os dedos.
• Não tente remover calos ou verrugas com pessoas que não estejam treinadas para isso. Somente profissionais podem tratar dos seus pés.
O diabético, além de se auto-examinar e cuidar dos seus pés deve sempre estar em contato com seu médico, pois o diagnóstico precoce pode evitar a piora das feridas e prevenir de uma possível amputação.
Cuidado com o pé diabético
Entenda por que a glicose elevada interfere na saúde dos pés e saiba como evitar
Dados do último levantamento do Ministério da Saúde apontam: o Rio de Janeiro é a quarta capital do país com a maior prevalência de diabetes: 6,2% da população sofrem com a doença. Quando não controlado, o problema crônico pode ter complicações, como o chamado pé diabético.
— O organismo do paciente sofre uma série de alterações. Os nervos dos pés vão se destruindo e pequenos vasos sanguíneos são lesionados, dificultando a circulação e a chegada de células de defesa na região.
Sem a defesa adequada, qualquer machucado pode se tornar uma úlcera que não cicatriza. Quando a infecção toma todo o pé, a alternativa passa a ser a retirada do membro.
— No Rio são feitas cerca de mil amputações altas (perna e coxa) por complicações do diabetes ao ano. Quase 25% morrem antes da alta.
A realidade se reflete nos atendimentos da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). Cerca de 90% dos pacientes que procuram próteses de perna foram vítimas do diabetes. Para evitar as amputações, a entidade fornece palmilhas e calçados especiais.
— Eles são feitos sob medida e ajudam a evitar o atrito e o aparecimento de feridas.
Onde conseguir atendimento
Palmilhas e sapatos
A Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR) fornece palmilhas e sapatos adaptados para pacientes diabéticos. Para ter acesso ao serviço, basta procurar a unidade, de 8h às 17h, com encaminhamento de um médico do SUS. Os produtos são gratuitos.
Consulta com fisiatra
Quem não tem encaminhamento, pode procurar diretamente a ABBR, na Rua Jardim Botânico 660, Jardim Botânico. O paciente será encaminhado para um fisiatra, que fará uma avaliação. Nesse caso, porém, as palmilhas e sapatos não são gratuitos.
Dez coisas que você precisa saber sobre o pé diabético
1) Os principais sintomas do pé diabético são formigamentos, perda da sensibilidade, dores, queimação nos pés e nas pernas, sensação de agulhadas, dormência e fraqueza nas pernas. Tais sintomas podem piorar à noite.
2) Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem devem passar, regularmente, por uma avaliação médica dos pés.
3) Em casa, examine os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Verifique a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa.
4) É preciso manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. A toalha deve ser macia. É melhor não esfregar a pele.
5) Mantenha a pele hidratada, mas evite passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas.
6) Use meias sem costura. O tecido deve ser algodão ou lã. Evitar sintéticos, como nylon.
7) Antes de cortar as unhas, lave e seque bem os pés. Use um alicate apropriado ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula.
8) O ideal é não cortar os calos, nem usar abrasivos. É melhor conversar com o médico sobre a possível causa do aparecimento dos calos.
9) Mantenha os pés sempre protegidos. Inclusive na praia e na piscina.
10) Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Recomenda-se a não utilização de calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.
Ficção e vida real
A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, regional do Rio de Janeiro, criou uma campanha televisiva para alertar as pessoas que possuem diabetes sobre os cuidados que devem ser tomados com os pés. No vídeo, um ator diz ser diabético e explica a importância de prevenir o pé diabético. O curioso é que esse ator, Claudio Cinti, de 47 anos, possui diabetes na vida real.
Em entrevista ao site da SBACV-RJ ele conta como descobriu que tinha a doença e como foi para ele atuar em um comercial que falava de algo tão presente em sua vida.
• Quando você descobriu que era diabético? Como foi o diagnóstico?
Eu comecei a urinar bastante e beber muita água, inclusive durante noite. Fiz meu exame de sangue e acusou que eu estava com minha taxa já a 300 e tantos de glicose. Imediatamente fui ao médico que receitou um remédio e uma dieta, que ajudou a dar uma controlada. Mesmo assim eu, as vezes, dava uma abusada na alimentação. Isso durou uns cinco anos. Porém, há dois anos eu quase morri. A minha taxa de glicose estava muito alta e a minha pressão subiu muito. Estava tomando banho quando apaguei. Fui socorrido pelo médico do SAMU, que mediu minha glicose. Estava 850. Ele me deu insulina, e quando eu cheguei no hospital já tava 650. Então o médico acha que quando eu caí no banheiro, minha glicose deve ter ido a mil. A partir daí eu fiquei no CTI uma semana até as coisas estabilizarem e fiz um check-up geral. Então, diagnosticaram como síncope, elevação da taxa da glicose, junto com a elevação da pressão.
• Como era a sua vida antes de saber da doença? O que mudou?
Mudei o meu estilo de vida. Cortei um monte de coisas, perdi uns 16 kg, não como doce mais, não bebo refrigerante. Parei também com a bebida alcoólica, cortei açúcar, não ingiro açúcar de jeito nenhum, e controlo alimentação, as quantidades. A única coisa que eu preciso voltar a fazer são os exercícios, porque eu parei.
• O que você sabia sobre a doença?
Eu já sabia um pouco porque tinha o histórico na família, minhas avós paternas e maternas eram diabéticas. A minha prima, nutricionista, também tinha a doença e me falava muito também.
• Quais os cuidados que você tem no dia-a-dia para ter uma vida saudável?
Eu mantenho as minhas taxas controladas. O meu ideal é perder mais peso para me livrar de alguns medicamentos. Estou tentando emagrecer com dieta, uma reeducação alimentar e quero fazer bicicleta para ajudar a queimar. Hoje eu sou exatamente aquele cara do comercial, eu me cuido, sou radical, não como doce, não bebo quando vou às festas, tenho uma vida muito mais regrada, um pouco chato, mas eu digeri isso bem. É uma vida de cuidados, é um negócio que depende muito de você. Então, se você se cuida você vai envelhecer com mais saúde.
• Como foi atuar em um comercial da SBACV-RJ falando sobre pé diabético, sendo um ator que, na vida real, tem diabetes?
O comercial foi muito engraçado porque ele “caiu como uma luva” para mim. Eu disse aquele texto como se estivesse falando de mim mesmo. Ele é real para mim, porque eu nunca tinha ido a um podólogo na vida, achava que era frescura. Hoje não, todo mês eu vou ao podólogo para cuidar dos meus pés. Aquelas coisas que eu disse na gravação, são cuidados que eu tomo. Aquela assinatura que eu faço no final, “eu sou diabético, mas sou consciente, eu posso conviver com a doença”, é exatamente o que eu penso. A diabetes é uma doença silenciosa, você não morre pela diabetes, você morre pelos problemas causados por ela. No meu caso, que sou hipertenso e diabético, tenho que ter um cuidado todo especial com os rins.
• A sua forma de enxergar a vida também mudou?
Com certeza. Eu brinco que vi a luz branca. Tive mesmo essa sensação de estar fazendo a passagem. Então eu voltei disso com outra visão, com muito mais cuidado, muito mais precavido. O médico mesmo disse que eu estive no fio da navalha, eu não morri por pouco, porque a minha carcaça, o meu corpo, aguentou bem a pancada. É como se desligasse uma chave geral para te preservar. Depois disso eu não dou mole, pois é um cuidado para o resto da vida, porque diabetes não é uma doença que tem cura, você tem que conviver com ela e controlar.
• Qual é a mensagem que você deixa para as pessoas que também são diabéticas?
A diabetes não é brincadeira, é uma doença silenciosa e eu quase morri por causa disso. Ela é uma coisa para se levar muito a sério. Ainda tem os agravantes de quem não se cuida, como perda de visão, amputação de membros. Minha mensagem é essa: diabetes não é uma brincadeira, é uma coisa que tem que ser levada muito a sério.
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VIII Semana Estadual de Saúde Vascular – 07 a 14 de novembro de 2012.
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Angiologista fala sobre o cuidado com os pés do diabético.
Em dia de combate ao diabetes, veja locais de tratamento na rede pública.
Secretaria de Saúde orienta o cidadão a procurar uma Clínica da Família.
Lá, ele recebe encaminhamento para unidade de atendimento especializado.
Varizes são veias que se tornaram dilatadas e tortuosas ao longo das pernas. Algumas varizes são calibrosas e evidentes na pele. Outras, de menor calibre, chamadas de microvarizes ou telangiectasias, também são conhecidas popularmente como “vasinhos”, e frequentemente são o motivo para buscar tratamento médico. Além do constrangimento por causa da questão estética, as varizes podem causar sensação de peso nas pernas, dor e inchaço. Nas mulheres, principalmente durante o período pré-menstrual e na gravidez, os sintomas tendem a piorar.
Por que surgem?
As veias das pernas são os vasos responsáveis pelo retorno do sangue que irrigou as pernas e os pés de volta ao coração. Nossas veias possuem válvulas, cuja função é impedir que o sangue volte para os pés, por ação da força da gravidade quando ficamos de pé. Se essas válvulas não funcionarem bem, o sangue fica “parado” dentro das veias que se dilatam e ficam tortuosas com o passar do tempo, sobrecarregando a circulação e causando os sintomas relacionados às varizes, como sensação de peso, dor e inchaço nas pernas e nos pés. É o que os médicos chamam de estase e hipertensão venosa crônica.
Fatores de risco:
• Predisposição familiar;
• Gênero (as mulheres são mais suscetíveis, devido à presença de hormônios femininos que diminuem a força das paredes das veias). Terapia de reposição e métodos anticoncepcionais hormonais são fatores que podem provocar o aparecimento das varizes mais precocemente. Pela mesma razão, durante a gravidez, as chances também crescem e, aumentam a cada nova gestação;
• Idade. A quantidade de colágeno das veias começa a diminuir com a idade e, por isso, elas tendem a dilatar mais facilmente;
• Hábitos incorretos (ficar muito tempo na mesma posição, seja em pé ou sentado, prejudica a circulação do sangue nos membros inferiores).
Como prevenir:
A melhor maneira de prevenir o aparecimento de varizes, e de seus sintomas, é adotar um estilo de vida saudável:
• Evitar o excesso de peso; • Fazer exercício aeróbico com regularidade; • Ter uma alimentação balanceada e rica em fibras, para evitar a síndrome do intestino preguiçoso; • Manter-se hidratado; • Usar meia elástica de compressão graduada.
Não existe remédio para evitar o surgimento das varizes. Existem apenas aqueles que melhoram os sinais e sintomas, como o inchaço e a dor nas pernas, e que são receitados em situações bem especificas.
Como melhorar a circulação do sangue nas pernas?
Levantar a cada uma ou duas horas para movimentar os músculos dos membros inferiores é a melhor alternativa. Mas fazer exercícios com as pernas, mesmo sentado, também ajuda. Outra medida importante é o uso das meias elásticas de compressão graduada. Cabe ao seu médico indicar a meia correta, não compre sem orientação. Elas fazem pressão nos pés e tornozelo ajudando o sangue a subir em direção ao coração.
Como as varizes são tratadas?
O método mais utilizado para o tratamento das varizes é a retirada das veias dilatadas, por meio de cirurgia. O cirurgião faz diversas incisões, retira as veias afetadas e protege a(s) perna(s) com bandagens. O procedimento cirúrgico é rápido, o tempo de hospitalização é curto e a recuperação em casa dura em torno de uma ou duas semanas.
Existem, no entanto, outros métodos para o tratamento:
1) Radiofrequência: Nesse procedimento, as veias são queimadas por meio do aumento da temperatura, mas não removidas. Não há corte, nem sangramentos. Os médicos inserem uma pequena agulha que libera a radiofrequência enquanto percorre a veia doente, que perde sua função.
2) Laser: Método muito semelhante à radiofrequência, este gera um aquecimento menos perceptível ao paciente.
3) Espuma esclerosante: O método é muito usado na Europa, mas chegou ao Brasil há aproximadamente dois anos. Os médicos injetam uma substância tipo mousse, uma mistura de líquido e ar, que desativa a veia doente. O procedimento é realizado com a ajuda de um aparelho de ultrassom.
Como as microvarizes são tratadas? O tratamento mais utilizado para microvarizes (vasinhos), ou telangiectasias, é a escleroterapia, através de injeções de medicamentos no seu interior e que leva à sua absorção pelo organismo.
Outra opção é a utilização do laser. Todavia, o método tem limitações por ser dispendioso, devido ao alto custo dos aparelhos.
Exercícios podem ajudar a evitar varizes
Todos os tipos de atividades físicas são benéficos, mas para a prevenção de varizes deve-se optar preferencialmente por exercícios aeróbicos de baixo impacto como caminhada, bicicleta, hidroginástica e natação. Essas atividades melhoram o desempenho da musculatura da panturrilha, que é a região da perna responsável pelo bombeamento de retorno do sangue dos membros inferiores de volta para o coração.
Recomendações
• Evite ficar de pé, parado na mesma posição, por muito tempo. Movimente-se. Isso faz com que os músculos das pernas ajudem o sangue a circular;
• Procure, algumas vezes por dia, elevar as pernas acima do nível do coração por alguns minutos para facilitar o retorno do sangue;
• É muito importante usar meias elásticas de compressão graduada. Os resultados serão melhores ainda se você as calçar logo cedo, antes de levantar da cama. Solicite orientação do seu angiologista ou cirurgião vascular, ele é o profissional capacitado para lhe ajudar;
• Ande a pé. Caminhar é fundamental para prevenir varizes;
• Ferir uma variz pode provocar sangramento abundante. Se isso acontecer, deite-se imediatamente e eleve a perna ferida. Comprima (ou peça alguém para comprimir) o local do sangramento até interrompê-lo. Em seguida, lave com água corrente e sabão e proteja a área com um curativo compressivo;
• As varizes predispõem as pessoas à flebite, inflamação das veias que deixa a pele quente, avermelhada e muito dolorosa. Na ocorrência de qualquer inflamação, acompanhada ou não de endurecimento da área, em uma perna com varizes, não perca tempo e procure um angiologista ou um cirurgião vascular imediatamente.
Mitos e Verdades sobre as varizes:
A musculação causa varizes.
Mito. Uma das principais causas das varizes é o sedentarismo e os exercícios ajudam a prevenir, pois estimulam a circulação do sangue. Porém, se você já sente os sintomas de varizes, visite um especialista para que ele possa te auxiliar antes de iniciar qualquer prática de atividade física.
Depilação causa varizes.
Mito. As varizes são complicações internas, ou seja, uma ação externa como realizar uma depilação não implica em problemas na circulação dos vasos.
Cremes amenizam as varizes.
Mito. Para melhorar as varizes é preciso diminuir o peso, fazer alguma atividade física aeróbica e consultar um angiologista periodicamente. O especialista poderá colaborar na prevenção e tratamento dos sintomas das varizes.
Cruzar as pernas causa varizes.
Mito. Porém, se você tiver tendência hereditária ou permanecer durante muito tempo sentado ou em pé, ao cruzar as pernas vocês estará ajudando a obstruir o fluxo sanguíneo. Evite ficar parado na mesma posição durante longos períodos.
Após a cirurgia de varizes, a pessoa terá a circulação do sangue prejudicada.
Mito. É preciso lembrar que se é necessário retirar varizes, significa que sua função já está prejudicada e aquela veia é a causa dos sintomas na perna. Após a cirurgia, o sangue deixa de passar pela veia doente, que foi retirada, e os sintomas podem desaparecer.
Mesmo depois de tratadas, as varizes voltam.
Mito. O aparecimento de varizes está relacionado, entre outros fatores, a uma predisposição genética do indivíduo. Portanto, em alguns casos, após o tratamento bem sucedido, novas varizes podem surgir ao longo do tempo. Para saber como minimizar esse problema, converse com o seu angiologista.
Usar salto alto causa varizes.
Mito. Não há estudos científicos que comprovem o salto alto como causador de varizes. Porém, o uso diário de salto alto, por um tempo prolongado, poderá dificultar o bombeamento do sangue nas pernas, facilitando o surgimento de sintomas, como dor e queimação nas pernas. Por essa razão, é importante alongar as panturrilhas antes e depois de usar salto e variar com saltos mais baixos durante a semana. Curiosamente não se deve usar sapatos sem salto também, como chinelos ou sandálias rasteirinhas para caminhar, além de prejudicar a circulação também faz mal à coluna.
Meias elásticas de compressão graduada melhoram a circulação das pernas.
Verdade. O uso de meias elásticas melhora o retorno venoso. Peça ao seu médico para lhe orientar como calçar as meias elásticas corretamente.
Anticoncepcional causa varizes.
Verdade. O uso de qualquer medicação hormonal, como anticoncepcionais ou para reposição, pode influenciar os vasos sanguíneos e afetar a flexibilidade e resistência do vaso à pressão.
As varizes podem ser um problema genético.
Verdade. Se seus pais têm varizes há mais chances de que você venha a sofrer com o problema.
A alimentação influencia na formação de varizes.
Verdade. Uma alimentação equilibrada ajuda na manutenção do peso adequado, o que, por sua vez, diminui as chances de desenvolvimento de veias doentes nas pernas. Pessoas que estão acima do peso colocam “carga extra” nas veias das pernas e estão mais predispostas ao aparecimento de varizes.
As mulheres têm mais chance de desenvolver varizes do que homens.
Verdade. Estudos demonstraram que as mulheres costumam ter de duas a três vezes mais varizes do que homens, devido à fatores hormonais. Entretanto, muitas vezes homens têm varizes que ficam encobertas por pelos.
Viagens muito longas aumentam o risco de trombose venosa profunda.
Verdade. Em trajetos demorados de avião ou ônibus, por exemplo, nossas pernas costumam ficar muito tempo paradas na mesma posição, aumentando a dificuldade do sangue da perna de retornar ao coração; facilitando a formação de coágulos no sangue (que por sua vez podem causar trombose venosa profunda ou embolia pulmonar). Para evitar isso, é importante movimentar as pernas com pequenas caminhadas ou o movimento de “sobe e desce” com o tornozelo e os pés. O uso de meias elásticas também é importante.
Fiquem atentos às complicações!
Varizes podem, além de inchaço das pernas e pés, causar dor e desconforto. Com o tempo as varizes aumentam em tamanho e quantidade na perna e lentamente a pele vai se tornando manchada, especialmente próxima ao tornozelo – é a dermatite ocre. Se não tratadas, as varizes podem evoluir com o surgimento de úlceras na perna, que é a complicação mais grave. Estas feridas na pele ocorrem pela estase (acumulo de sangue nas pernas) e hipertensão venosa crônica, causada pelas varizes depois de anos sem cuidado adequado. Apesar de mais frequente, esta complicação não é exclusiva de pacientes com idade mais avançada, homens e mulheres jovens também estão expostos ao problema.
Aneurisma da Aorta Abdominal
O diagnóstico precoce pode salvar a sua vida.
O aneurisma de aorta abdominal é uma doença grave, com altas taxas de mortalidade, mas que quando diagnosticada precocemente tem grande potencial de cura.
A Aorta
É a maior artéria do corpo humano. Ela leva o sangue do coração para todos os órgãos, passando pelo tórax e pelo abdômen. É através de seus ramos que o sangue é distribuído para o coração, os pulmões, o fígado, o baço, o intestino, os rins e as pernas.
O aneurisma da aorta abdominal é uma dilatação (protuberância) anormal da aorta, na altura do abdômen. Se não for tratado, o aneurisma cresce, tornando as paredes da artéria mais frágeis, até que se rompam. A ruptura de um aneurisma da aorta abdominal pode levar à morte.
Fatores de Risco:
- Idade acima de 60 anos;
• Sexo masculino;
• Tabagismo;
• Pressão alta;
• História familiar de aneurisma;
• Doença Cardiovascular.Está entre as três principais causas de morte súbita, nos Estados Unidos. No Brasil, não há números oficiais sobre a doença.A boa notícia é que pode ser diagnosticada precocemente, de forma simples, e apresentar excelentes resultados com o tratamento.
Sintomas:
Mais da metade dos pacientes que apresentam aneurisma da aorta abdominal não tem sintomas. Trata-se de uma doença silenciosa, porém, alguns pacientes podem manifestar:
• Dor na região das costas;
• Pulsação no abdômen (sensação de coração na barriga);
• Pequenas feridas nas pernas e pés que podem estar relacionadas a fragmentos de trombos, que se desprenderam do aneurisma;
• Desconforto abdominal.
Diagnóstico:
O diagnóstico é realizado por meio do exame clínico, ultrassonografia com Doppler e angiotomografia do abdômen e pelve, ou seja, uma consulta com o cirurgião vascular e exames acessíveis e pouco invasivos.
Tratamento:
Atualmente o tratamento de aneurisma da aorta abdominal pode ser clínico ou cirúrgico. A cirurgia pode ser convencional ou, mais recentemente, com o avanço de novas tecnologias por técnica minimamente invasiva (técnica Endovascular). É muito mais seguro e oferece uma rápida recuperação aos pacientes.
Por que é tão importante fazer o diagnóstico precoce?
- O aneurisma quando não diagnosticado e tratado pode romper e levar a uma grande hemorragia. Este sangramento leva à morte em até 90% dos pacientes.
• Metade dos pacientes com rotura do aneurisma de aorta abdominal não chega com vida ao hospital.
• As duas principais complicações do aneurisma de aorta são trombose de artérias do abdômen e dos membros inferiores, e ruptura. Ambas apresentam alta mortalidade.
O melhor tratamento é aquele que se faz antes do problema se complicar.
Dúvidas Frequentes
O que é um Aneurisma da Aorta Abdominal?
A aorta é o maior vaso presente do corpo humano. Ela começa no coração, passa pelo peito, seguindo pelo abdômen, onde se divide para fornecer sangue às pernas. Um AAA é uma dilatação segmentar do vaso (aorta) localizada no abdome. Esta dilatação pode aumentar gradativamente de diâmetro até ocorrer a ruptura da aorta e, consequente hemorragia grave.
O que pode causar um AAA?
Ainda não se sabe exatamente suas causas. Ele pode ocorrer devido a uma fragilidade na parede da aorta, ou ainda devido a artérias obstruídas (aterosclerose). Além disso, pode estar relacionado à hereditariedade, lesões ou outras doenças.
O AAA possui sintomas?
Na maioria dos casos, o AAA é silencioso, ou seja, assintomático. A dilatação pode ocorrer lentamente, sem ser notada, só causando algum tipo de sintoma quando a aorta se expande ou está prestes a romper. O sintoma mais comum é uma sensação de pulsação no abdômen.
Existe algum fator de risco?
Sim. É importante lembrar que essas não são as causas diretas, mas estão frequentemente associados ao aparecimento do AAA. São eles: idade acima de 60 anos, tabagismo, hipertensão arterial e histórico familiar de aneurisma, além disso, homens estão mais propensos ao seu aparecimento.
Qual a gravidade desta doença?
O maior risco do AAA é a ruptura, que cursa com alto índice de mortalidade.
Como o diagnóstico é feito?
Na maior parte dos casos o AAA é diagnosticado em exames de rotina. Diante de qualquer sinal, são realizados alguns exames específicos, a fim de obter um diagnóstico preciso.
Como posso prevenir o AAA?
Para prevenir o aparecimento do AAA, é importante manter hábitos saudáveis, tais como, alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos regulares, não fumar, manter o controle sobre a hipertensão arterial, e se for o caso, visitar o médico regularmente, em especial se tiver um ou mais fatores de risco.
Como o AAA é tratado?
Alguns aneurismas não chegam a romper-se, mas é importante, depois de diagnosticado, manter um controle clínico junto a um médico especialista. Em casos de ruptura, a única opção é a correção cirúrgica.
O que fazer em caso de ruptura?
Nesses casos, é imprescindível que o socorro seja imediato, pois, se efetuado tardiamente, o risco de morte é de quase 100%.
Ações
Tenda na Cinelândia nos dias 14 e 15 de outubro, de 08h às 12h, com a realização de exame de EcoDoppler, para demonstrar que o diagnóstico precoce do AAA é fácil, além da distribuição de folder de orientação.
Outdoor:
Serão 20 placas distribuídas entre a zona norte e oeste, São Gonçalo e baixada.
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Varizes são veias dilatadas e tortuosas que se desenvolvem sob a superfície cutânea
Dependendo da fase em que se encontram, podem ser de pequeno, médio ou de grande calibre.
A palavra variz se origina do latim: VARIX que sigifica SERPENTE.
As veias mais acometidas pela doença varicosa são as dos membros inferiores: nos pés, pernas e coxas.
Algumas pessoas apresentam minúsculas ramificações, de coloração avermelhada. Estes casos costumam ser assintomáticos e provocam apenas desconforto estético em seus portadores. Esses pequenos vasos são de localização intradérmica.
As varizes se constituem num dos problemas mais antigos do ser humano.
O sangue é bombeado pelo coração para dentro das artérias que, por sua vez, levam este sangue para todas as partes de nosso corpo. Todas as células de nosso organismo são nutridas por este sangue.
Já as veias têm como função drenar o sangue de volta para o coração. Este caminho que o sangue percorre desde a sua saída do coração pelas artérias até o seu retorno pelas veias para o coração recebe o nome de CIRCULAÇÃO.
Andar sobre as duas pernas criou um sério problema para a circulação: o coração fica bem distante dos pés e das pernas. O sangue desce muito facilmente do coração até as pernas e os pés, através das artérias. Mas precisa desenvolver esforço muito grande para voltar dos pés e pernas até o coração. E este esforço é desenvolvido contra a força da gravidade. Esta tarefa de retorno venoso é executada pela veias. Por isto a natureza lança mão de alguns mecanismos para facilitar o retorno do sangue das pernas até o coração:
Válvulas venosas – a natureza municiou as veias dos membros inferiores com estruturas muito delicadas, porém resistentes, chamadas de válvulas venosas. Estas válvulas servem para direcionar o sangue para cima. E este trabalho tem que ser feito permanentemente, por anos e anos. Na pessoa normal a válvula se abre para o sangue passar e se fecha para não permitir que o sangue retorne. Esta atividade se torna mais fácil quando estamos deitados ou com as pernas elevadas. Em algumas pessoas, com o passar do tempo, váris fatores podem determinar ou provocar um mau funcionamento destas válvulas. Com a idade, ou devido a fatores hereditários, as veias podem perder a sua elasticidade. Essas veias começam a apresentar dilatação e as válvulas não se fecham mais de forma eficiente. A partir daí o sangue passa a refluir e ficar parado dentro das veias. Isto provoca mais dilatação e mais refluxo. Esta dilatação anormal das veias leva à formação das varizes.
Algumas pessoas têm veias mais fracas e menos resistentes a este trabalho contínuo de promover o retorno venoso. Esta característica tem um importante componente hereditário. Por esta razão existem muitas pessoas com varizes dentro de uma mesma família
• A bomba plantar – cada vez que pisamos o sangue acumulado nos pés é bombeado para cima. Por isto é tão importante caminhar.
• A bomba muscular da panturrilha – a contração dos músculos da batata da perna também serve de bomba para o retorno venoso. Mais uma vez se confirma a importância de andar.
É preciso que estes mecanismos que ajudam no retorno venoso funcionem perfeitamente; o mau funcionamento das válvulas venosas está entre as principais causas para a formação das varizes.
QUEM TEM VARIZES ?
Nem todo mundo tem varizes. Calcula-se que 18% da população adulta tem varizes. Só no Brasil estima-se que mais de vinte milhões de pessoas carregam esta doença. E, dessas pessoas, as maiores vítimas são as mulheres por causa dos hormònios femininos – principalmente a progesterona que favorece a dilatação das veias. Agora, o principal fator de risco para se ter varizes é a presença desta doença na família: a hereditariedade. Veja agora outros fatores que contribuem para faforecer o aparecimento das varizes ou agravar as varizes de quem já as tem:
• Idade – costumam aparecer a partir de 30 anos de idade e podem ir piorando com o passar os anos. É pouco freqüente antes dos 30 anos. Entretanto, as microvarizes ou “aranhas vasculares”, também chamadas de “vasos”, podem aparecer em pessoas bem mais jovens.
• Sexo – as mulheres são mais propensas do que os homens;fatores hormonais da gestação, menstruação e menopausa parecem ter relação com a maior facilidade de dilatação das veias;alguns pesquisadores relatam que as terapias de reposição hormonal e anticoncepcionais aumentam o risco de varizes.
• História Familiar – se há uma incidência de varizes na família, a sua chance de ter a doença será maior.
• Obesidade – o sobrepeso aumenta a pressão sobre as veias e dificulta o retorno venoso.
• Traumatismo nas pernas
• Temperatura – exposição ao calor por tempo prolongado pode provocar dilatação das veias.Não é à toa que a incidência de varizes é um pouco menor nos países mais frios. Portanto, cuidado com a exposição excessiva ao calor do sol, das saunas, dos fornos, etc.
• Tabagismo – pesquisas revelam que a parede das veias também sofre as agressões das substâncias contidas nos cigarros
• Gravidez – Durante a gravidez a quantidade de sangue circulante aumenta e, portanto, aumenta o trabalho das veias. Aumenta também a quantidade de progesterona, aquele hormônio que dilata as veias. Outro fato que acontece na gestação: o útero vai aumentando de tamanho e vai comprimindo as veias do abdômen e da região pélvica da mulher, colocando assim um obstáculo para a subida do sangue das pernas para o coração. As “varizes” que aparecem durante a primeira gravidez frquentemente desaparecem após o parto. Já aquelas que surgem a partir da segunda gestação costumam permanecer após o nascimento do bebê.
• Sedentarismo – o movimento das pernas é muito importante para “bombear” o sangue das veias. Portanto, ficar muito tempo sentado ou em pé parado é muito ruim para o trabalho das veias. Os exercícios e o combate ao sedentarismo são muito importantes para a circulação corporal. Portanto, muito cuidado com os trabalhos em que somos obrigados a ficar parados muito tempo.
• Pílulas anticoncepcionais e reposição hormonal – mais uma vez encontramos o problema dos hormônios atrapalhando as veias da perna. Alguns pesquisadores já responsabilizam os hormônios anticoncepcionais pelo aparecimento de varizes em mulheres jovens. O Fórum da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (www.sbacv-nac.org.br) adverte inclusive para os cuidados que devem ser tomados com os remédios usados para a terapêutica de reposição hormonal (www.climaterio.org).
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