Relato de caso – Pesquisa de Fístula e microfistula na ecografia venosa dos membros inferiores

As fístulas e microfístulas em membros inferiores são condições raras, geralmente de causa congênita ou pós- processos infecciosos ou inflamatórios ou trombóticos ou ainda traumática.

Tanto na Fístula como na Microfístula temos padrão de fluxo venoso fistular – que ao doppler colorido se faz presente o tempo todo, não cessando na inspiração e nas veias distais, que o normal é um fluxo lento e só visualizado as manobras de compressão distal, passa a ser espontâneo e contínuo. Na micofístula não identificamos pertuito e na fístula ele é facilmente localizado como um canal de comunicação entre a artéria e a veia, com fluxo arterial contínuo, com velocidades sistólica e diastólica aumentadas e todos os componentesda onda, ao doppler espectral, encontram- se acima da linha de base. Devemos estar atentos ao padrão de fluxo venoso ao doppler espectral, principalmente nos quadros clínicos já referidos e quando evidenciamos numerosas telangiectasias localizadas, dando à pele um aspecto de mácula hiperemiada – sinal clínico característico nessas formações vasculares. O território vascular relacionado com o dimídio que apresenta tal clínica é o que deve ser intensamente investigado, uma vez que esse diagnóstico muda o plano terapêutico.

J. S. F., 58 anos, branco, diabético. Há mais ou menos 1 mês apresenta dor e edema em perna esquerda, desde que apresentou um episódio de Gota. Houve melhora da dor, mas não remissão completa mantém edema. Ao exame físico: edema em perna esquerda, numerosas telangiectasias junto ao maléolo medial, hiperemia e aumento de temperatura em face medial de terço distal de perna esquerda. Pulsos presentes e amplos.

Imagem 1: identificado pertuito de comunicação entre artéria e veia tibiais, ao color – pertuito arterializado, onde observa-se mosaico de cor – aumento de velocidade – típico do pertuito.

Imagem 2: pertuito – onda espectral com aumento de velocidade sistólica e diastólica, todos os componentes acima da linha de base – fluxo contínuo, durante toda a sístole e toda a diástole.

Imagem 3: veia tibial posterior – fluxo venoso de padrão fistular.