a. O que é?
A definição mais simples seria da “inchação ” por alteração no sistema linfático. Já sob ponto de vista médico seria o edema por acúmulo de água, eletrólitos, proteínas de alto pêso molecular no tecido intersticial, por alterações de causa dinâmica, estrutural, levando a um aumento progressivo do orgão acometido com diminuição de sua capacidade imunológica, funcional e alterações na sua morfologia.
b. Quais os sintomas?
Sensação de aumento de pêso e volume, diminuição da capacidade motora do orgão acometido e aparecimento de tumorações e vegetações “papilomatoses e verrucoses” e que se não forem devidamente tratadas ,poderão levar aos aspecto elefantiásico.
c. Classificação:
O linfedema pode ser;
I) Primário podendo ser congênito, precoce e tardio.
•Linfedema Primário Congênito – o indivíduo já nasce com o linfedema.
•Linfedema Primário Precoce – o indivíduo não nasce com o linfedema, porém poderá se desenvolver até aos 15-35 anos.
•Linfedema Primário Tardio – aparecem após os 35 anos sem qualquer causa patológica.
II) Secundário podendo ter diferentes causas como – traumatismo, cirurgias inflamações, infecções, radioterapia para o tratamento de câncer como o de mama por exemplo, parasitários (elefantíase).
d. Incidência.
Indivíduos portadores de alterações genéticas durante a gestação, aqueles submetidos a traumas cirurgicos (varizes,cirurgia plástica ortopédicas, etc) e os imuno deprimidos podem ser mais acometidos.
A falta de higiene com os pés, favorecem o aparecimento das micoses que é a principal porta de entrada de bactérias, que muitas vezes numa crise de erisipela poderá desenvolver linfedema,
Quando aparece um volumoso linfedema sem antecedente compatível é provável a existência de uma alteração congênita no sistema linfático contribuindo para o seu desenvolvimento.
e. Tratamento.
Tratamento médico ,através de substâncias que atuam no sistema linfático (linfocinéticos), dieta com pouco sal, perda de peso ,antibióticos (nos casos de infeccções associadas), repouso, enfaixamentos inelásticos e depois elásticos e hoje, principalmente pela TERAPIA FÍSICA COMPLEXA. realizada pelos fisioterapeutas, que atuem nesta área.
O mais importante de tudo é dizer que linfedema não tem cura porém poderá ser tratado com uma melhora muito grande, porém o tratamento é prolongado tendo que ter muita paciência e colaboração ,e por vezes muito dispendioso.
f. Cirurgia.
O tratamento cirurgico fica reservado, principalmente, para os casos de linfedemas da genitália e nos casos em que após o tratamento fisioterápico realizado, ocorre um excesso de pele importante, então esta poderá ser retirada cirurgicamente.